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Os trens para viagens internacionais dentro da Europa

Todo brasileiro que embarca a primeira vez para a Europa, se possível, deve fazer uma viagem internacional de trem. É uma experiência totalmente diferente do que temos no nosso país. Enquanto aqui os nossos deslocamentos são prioritariamente de carro, no Velho Continente é perfeitamente razoável realizar estas viagens em trens. Sejam eles noturnos, de alta velocidade ou comuns. Abaixo, apresento as vantagens e desvantagens de cada uma das principais categorias de trens.

Trens comuns

São normalmente as opções mais econômicas para se deslocar entre uma cidade e outra. No entanto, estes são trens que realizam mais paradas. É como se fosse o trem normal que transita na cidade (ou inter-cidades) e que cruza a fronteira devido a proximidade.

As viagens com trens comuns demoram mais do que as outras alternativas e são incômodas para serem realizadas com muitas malas. Nestes casos, tente pegar o trem em uma das estações iniciais do percurso. Se você tiver que embarcar no meio do trajeto e estiver com muitas malas, considere pagar pela "primeira classe". É uma área mais cara do trem (normalmente com bancos vermelhos) em que o único conforto que você terá extra será a maior probabilidade de viajar sentado. As poltronas são do mesmo padrão e, claro, o trem chegará da mesma forma.

A vantagem destes trens é que o bilhete tem a marcação do dia apenas, ou seja, se você perder o trem das 10h30 [ou se ele estiver muito lotado], você pode pegar o próximo sem pagar nada a mais por isso.

Trens de alta velocidade

Eurostar, Thalys, TGV... são muitos os famosos trens europeus de alta velocidade. Normalmente eles realizam viagens "non-stop" [sem escalas ou conexões] entre duas cidades grandes. São muitas as vantagens destes trens: mais confortáveis do que os comuns, assentos marcados [ou seja, você paga sabendo onde vai sentar], espaço para colocação das malas. Uma viagem entre Bruxelas e Amsterdam, por exemplo, demora 30% do tempo em um trem de alta velocidade do que na comparação com um trem normal. Cai de 3 horas para apenas uma. No entanto, são mais caros os bilhetes e a viagem é com horário marcado.

Se você estiver atrasado, terá que pagar uma multa para remarcação do bilhete. Assim como a viagem é mais rápida, o valor do bilhete, por óbvio, é mais elevado. Mas, nestes casos, você pode emitir as passagens com até 3 meses de antecedência, o que torna a viagem mais econômica.

Trens Noturnos

Estes são trens utilizados, como o nome já diz, no período da noite. Habitualmente são realizadas viagens longas nestes trens. Confortáveis, alguns incluem cabines com camas para que você possa descansar. Neles é possível, por exemplo, ir de Paris a Roma [cerca de 1.500km] enquanto você dorme. São cerca de 12 horas de viagem. Nestes casos, a vantagem é economizar em uma diária de hotel. Mas, como a viagem é longa, o ideal é que você abra a mão e pague por um passe de primeira classe.

Como são viagens com horário marcado e com assento marcado, é importante se programar bem para embarcar nestes trens. Em alguns casos, não tão vantajosos, você terá que fazer conexões no meio da madrugada.

Como emitir a passagem de trem? Vale a pena o passe de trem europeu?

Existem algumas empresas especializadas na emissão de passagens de trem. A Rail Europe [http://www.raileurope.com.br/] é uma das principais no Brasil. No entanto, como toda empresa precisa ter lucro, você pagará mais caro por isso. Na nossa viagem recente à Europa, optamos por emitir as passagens diretamente nos sites das empresas. A economia foi de, em média, 20 euros por trecho. Para ter a experiência, nós emitimos um trecho com a Rail Europe, mas, honestamente, não tivemos vantagem alguma. Pelo contrário, pois foi a empresa que escolheu nosso assento automaticamente.

Quanto aos passes de trens, nós optamos por pegar os bilhetes ponto a ponto. E aqui cabe uma explicação importante sobre essa modalidade. Apesar de incluir "as viagens", o Global Pass ou o Select Pass não inclui as reservas de assento. Ou seja: você terá que pagar a mais por reservar o assento [e os trens noturnos ou de alta velocidade exigem isso]. Já os trens comuns não precisam de reserva, mas sai mais em conta emitir diretamente as passagens do que depender desse passe. Mas, claro, isso depende da frequência com que você vai viajar. Em alguns casos específicos, o passe de trem será mais em conta do que o bilhete ponto a ponto. Mas, como eu disse, em todo planejamento da nossa viagem fizemos simulações de diversos deslocamentos e em nenhum deles valia a pena o passe europeu de trens.

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