Em funcionamento desde maio de 2014, o Aeroporto Internacional Aluizio Alves, na Grande Natal (RN), ainda não tem os acessos para o terminal 100% concluídos. A obra, de responsabilidade do Governo Estadual, já teve dezenas de prazos estipulados.
No acesso Norte, por exemplo, a BR-406 deveria ter um trecho duplicado de seis quilômetros. Além disso, há um viaduto cuja construção foi retomada a poucas semanas. Por outro lado, todas as obras que cabiam a iniciativa privada foram concluídas.
O aeroporto de Natal recebeu o primeiro voo às 9h40 do dia 31 de maio de 2014. O Consórcio Inframérica (Engevix e Corporación America), responsável pela administração, investiu R$ 500 milhões na construção do terminal. Este foi o primeiro aeroporto brasileiro administrado exclusivamente pela iniciativa privada.
Conforme o diretor do Departamento de Estrada de Rodagem do Rio Grande do Norte, Jorge Ernesto Pinto Fraxe, as obras do viaduto que ligam a BR-406 ao acesso norte foram retomadas este mês e devem ser concluídas em julho. Já a duplicação dos seis quilômetros da rodovia está prevista para ser concluída somente em dezembro. Enquanto isso, os usuários do terminal sofrem com os buracos na estrada.
Estrutura recebe elogios dos passageiros
Se do lado de fora ainda é precária a estrutura, dentro do terminal os passageiros são só elogios ao que é oferecido pelo Consórcio. Em uma pesquisa realizada e divulgada em abril deste ano pela Secretaria de Aviação Civil, o Aeroporto Internacional Aluízio Alves ficou na 8ª posição no país com uma média geral de 4,12 pontos para notas de 1 a 5.
Os itens mais bem avaliados, destacados entre os dez mais relevantes da pesquisa, foram Conforto e Limpeza Geral (4,66), Sala de Embarque (4,55) e Devolução das Bagagens (4,42).
Aeroporto disputa com Ceará e Pernambuco para ser o Hub da TAM no Nordeste
O "caçula" dos aeroportos Internacionais do Nordeste disputa com os terminais de Fortaleza e Recife o título de Hub [Centro de Conexão de vôos] da Tam no Nordeste. Dentre as vantagens do terminal da Capital do Rio Grande do Norte estão a pista [única da região capaz de receber vôos com os maiores aviões do Mundo], maior terminal de cargas [segundo a administração, 3x maior do que os concorrentes], além da proximidade de indústrias que produzem o querosene de aviação, o que pode reduzir os custos de operação para as companhias.
Em um ano, o aeroporto recebeu acréscimo de apenas quatro vôos para Campinas, Belo Horizonte, Buenos Aires [Argentina] e Milão [Itália]. Na mira do consórcio estão novos voos para Santiago [Chile], Bogotá (Colômbia], Roma [Itália], Estocolmo [Suécia] e Frankfurt [Alemanha] para o próximo ano.
